Desaparecido na ditadura – Amparo Almeida Araújo sobre a busca pelo seu irmão Luiz

Amparo Almeida Araújo era militante contra a ditadura brasileira (1964-1985), juntos com o seu irmão Luiz. 1971 Luiz foi sequestrado, torturado e provavelmente assassinado pelos militares. – Amparo hoje é ativista de direitos humanos, e entre outros membro da coordenação executiva do Comitê de Memória, Verdade e Justiça de Pernambuco e fundadora da ONG Tortura Nunca Mais em Recife.

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Marcelo Mário de Melo sobre o dia do Golpe em 1964: “E eles começaram a tirar.”

Marcelo Mário de Melo tinha 20 anos quando o Golpe de 1964 ocorreu no Brasil. Ele estava estudando na faculdade e era membro do Partido Comunista Brasileiro (PCB). No dia 1° de Abril ele foi um dos manifestantes nas ruas de Recife que mostravam seu apoio ao então governador Miguel Arraes que estava encercado no palácio no centro da cidade.

Clique aqui para ler a entrevista em alemão.

 

 

 

 

Um ataque contra a Sociedade Civil: Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes em perigo

Durante o ano de 2015, o  Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (GAJOP) realizou a execução do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte de Pernambuco (PPCAAM-PE), cumprindo todas as fases de seu plano de trabalho e dando continuidade ao trabalho do mivimento Tortura Nunca Mais.

De acordo com a ONG, na manhã do dia 29/12/2015, o Secretário de Justiça e Direitos Humanos do Governo do Estado de Pernambuco surpreendeu a entidade com a notícia de que o GAJOP não iria dar continuidade a execução deste Programa de Proteção, mesmo com o termo aditivo já aprovado pela União e Estado, com início previsto para o dia 01/01/2016. O acordo passou às mãos do Instituto Ensinar de Desenvolvimento Social (IEDES).

Deila Cavalcanti coordinou o programa até o ano de 2015. Ao longo desse ultimo ano o programa já estava executado pelo GAJOP.

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Pela memória, verdade e justiça

 O trabalho de apuração da ditadura brasileira pela sociedade civil no exemplo do Estado de Pernambuco

Em dezembro de 2014, com a entrega do Relatório Final da Comissão Nacional da Verdade, o Governo Brasileiro assumiu pela primeira vez ampla responsabilidade pelas enormes violações dos direitos humanos que aconteceram durante a ditadura militar (1964—1985). Antes disso, a sociedade civil era quem principalmente trabalhava na apuração histórica e no trabalho de memória e se empenhava na execução jurídica dos responsáveis. Por isso, a admissão oficial da verdade é um passo importante, e já há muito esperado, para o Brasil.

No entanto, a longa lista de recomendações de medidas governamentais necessárias para a apuração da verdade e democratização e a frustração e a impotência da Comissão frente ao sigilo dos arquivos militares mostram que talvez esse processo esteja apenas começando. O trabalho da opinião pública hoje é mais importante que nunca, não apenas para transformar as descobertas do relatório em oportunidades genuínas, mas também para nos lembrarmos das questões em aberto e lutar para que a verdade não continue sendo mais uma garantia para os criminosos.

“É fácil dizer que devemos esquecer tudo em nome da conciliação nacional, enquanto existem tantas famílias que buscam seus filhos sem saber se estão vivos ou onde estão, se estão mortos e em quais cemitérios foram enterrados. Não queremos vingança, mas sim justiça.” Rosalina Santa Cruz, cujo irmão, Fernando, foi preso em 1974 e desde então está “desaparecido”.

National Truth Commission hands over final report to President Dilma Rousseff

National Truth Commission hands over final report to President Dilma Rousseff

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Arrepiante! O discurso de Miguel Arraes pouco antes da ocupação do Palácio pelas Forças Armadas 1964

C: José Cruz/ABr, CC BY 3.0 BR

C: José Cruz/ABr, CC BY 3.0 BR

Saindo do Palácio, Arraes deixou uma fita gravada com esse discurso, na expectativa de que ele fosse divulgada pelas estaões de radio. O jornalista Euricio Andrade consegiu pegar a fita más as emissoras de radio já se encontravam no controle dos golpistas. Continue reading